Rita Segato
Antropóloga argentina, reconhecida e premiada internacionalmente pelos trabalhos em torno do feminismo e da violência contra as mulheres. É professora emérita da Universidade de Brasília (UnB) – onde lecionou entre 1985 e 2010 –, titular da Cátedra Unesco de Antropologia e Bioética e coordenadora da Cátedra Aníbal Quijano do Museu Reina Sofía, na Espanha. Trabalhou como perita antropológica e de gênero no histórico julgamento da Guatemala, em que se condenaram membros do Exército pelos delitos de escravidão sexual e doméstica contra mulheres maias da etnia g’egchi, e foi convocada à Ciudad Juárez, no México, para expor sua interpretação em torno das centenas de feminicídio perpetrados no local. Foi coautora da primeira proposta de cotas para estudantes negros e indígenas na educação superior do Brasil. Entre as suas obras estão "A Nação e seus Outros" (2007), "A guerra contra as mulheres" (2017), "Contrapedagogias da crueldade" (2018), "Crítica da colonialidade em oito ensaios" (2021) e "Cenas de um pensamento incômodo: gênero, cárcere e cultura em uma visada decolonial" (2022), estes dois últimos lançados pela Bazar do Tempo, que publica o conjunto de seus livros no Brasil.